A tireoide alta, também conhecida como hipertireoidismo, ocorre quando a glândula tireoide produz uma quantidade excessiva de hormônios tireoidianos (T3 e T4), acelerando o metabolismo. Isso impacta diferentes sistemas do corpo, levando a uma variedade de sintomas e complicações. Caso o hipertireoidismo não seja tratado adequadamente, pode resultar em problemas graves que afetam a qualidade de vida e a saúde do paciente.
Algumas das consequências mais frequentes do hipertireoidismo incluem problemas cardíacos, alterações ósseas e fraqueza muscular, além de questões psicológicas e neurológicas. É essencial que o diagnóstico seja feito precocemente e o tratamento iniciado para evitar que essas complicações se desenvolvam.
Uma das principais consequências do hipertireoidismo são as complicações cardíacas. O excesso de hormônios tireoidianos aumenta a atividade do coração, o que pode levar a taquicardia, arritmias e, em casos mais graves, insuficiência cardíaca.
A taquicardia é caracterizada por batimentos cardíacos rápidos, mesmo quando o paciente está em repouso. A arritmia, como a fibrilação atrial, ocorre quando os batimentos são irregulares, aumentando o risco de formação de coágulos e acidentes vasculares cerebrais. Se não tratado, o hipertireoidismo pode sobrecarregar o coração, levando a insuficiência cardíaca, uma condição em que o coração perde a capacidade de bombear sangue eficientemente.
Outra consequência importante do hipertireoidismo é o impacto nos ossos. O excesso de hormônios tireoidianos aumenta a taxa de reabsorção óssea, o que significa que os ossos perdem cálcio mais rápido do que podem repô-lo. Isso resulta em uma perda gradual da densidade óssea, predispondo o paciente ao desenvolvimento de osteoporose.
Pacientes com hipertireoidismo prolongado têm maior risco de fraturas, principalmente nas vértebras, quadris e pulsos, mesmo após pequenos traumas. Portanto, é fundamental o monitoramento da saúde óssea em pessoas com hipertireoidismo, especialmente em mulheres na pós-menopausa, que já têm maior risco de osteoporose.
A tireoide alta pode causar fraqueza muscular, especialmente nos músculos das coxas e ombros. O excesso de hormônios tireoidianos interfere na função muscular, causando um desgaste acelerado e dificuldade para realizar atividades físicas simples, como subir escadas ou levantar objetos.
Pacientes frequentemente relatam fadiga muscular, mesmo em repouso, e a sensação de fraqueza generalizada aumenta ao longo do tempo, comprometendo a mobilidade e a qualidade de vida.
O excesso de hormônios da tireoide também afeta o sistema nervoso e a saúde mental. Pacientes com hipertireoidismo não tratado podem apresentar irritabilidade, ansiedade, insônia e tremores nas mãos. Em casos mais avançados, o distúrbio pode causar depressão e alterações cognitivas, como dificuldade de concentração e lapsos de memória.
Esses sintomas podem ser debilitantes e prejudicar a qualidade de vida, dificultando atividades do dia a dia e comprometendo o bem-estar emocional do paciente.
Se o hipertireoidismo não for tratado de maneira adequada, o paciente pode desenvolver uma condição grave chamada crise tireotóxica. Nessa situação, o corpo sofre uma sobrecarga extrema de hormônios tireoidianos, causando uma aceleração drástica de todas as funções metabólicas. Os sintomas incluem febre alta, taquicardia, agitação, vômitos e, em casos graves, confusão mental e coma.
A crise tireotóxica é uma emergência médica que requer tratamento imediato. Sem intervenção, a condição pode ser fatal, uma vez que o coração e outros órgãos vitais podem falhar.
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