A iodoterapia é uma técnica terapêutica especializada, frequentemente utilizada no tratamento de algumas condições da tireoide, principalmente o câncer de tireoide. Uma de suas principais funções é eliminar células neoplásicas que possam ter permanecido após a cirurgia, inclusive aquelas invisíveis a olho nu, como metástases microscópicas.
Este tratamento faz uso de iodo radioativo (I-131) administrado oralmente. Uma vez no organismo, o iodo é captado pelas células da tireoide, incluindo as cancerígenas. O radioativo do iodo então destrói estas células, poupando, na maioria das vezes, os tecidos circundantes.
Mas como funciona a iodoterapia na prática? Ao ser ingerido, o iodo radioativo circula pelo corpo e é capturado pelas células da tireoide ou restos de tecido tireoidiano. Ao se concentrar nessas áreas, o iodo radioativo emite radiações que destroem essas células. O procedimento tem o benefício de atingir células em qualquer parte do corpo, inclusive aquelas que possam ter se deslocado da tireoide.
Por ser um tratamento eficaz e direcionado, a iodoterapia é uma opção valiosa no combate ao câncer de tireoide. Entretanto, como qualquer procedimento médico, é essencial a avaliação e acompanhamento por um especialista para determinar a indicação e monitorar possíveis efeitos colaterais.
A iodoterapia, técnica frequentemente usada no tratamento de doenças da tireoide, possui eficácia comprovada. No entanto, é essencial estar ciente de que a iodoterapia tem contraindicação em certas situações específicas, sendo primordial a avaliação médica criteriosa antes de sua aplicação.
A principal contraindicação da iodoterapia é para mulheres gestantes. A exposição ao iodo radioativo durante a gravidez pode causar alterações graves no desenvolvimento fetal, comprometendo a saúde do bebê. Por isso, é rotineiramente solicitado um teste de gravidez para mulheres em idade fértil antes de realizar o tratamento. Além disso, é contraindicado para mulheres que estão amamentando, pois o iodo radioativo pode ser excretado no leite materno, prejudicando a saúde do lactente.
Além da gestação e lactação, existem outras situações em que a iodoterapia tem contraindicação, como em pacientes com alergia conhecida ao iodo ou em determinados casos de doenças oculares. Dessa forma, a decisão de prosseguir com a iodoterapia deve ser feita com base em uma avaliação médica detalhada, considerando os riscos e benefícios para cada paciente individualmente.
Antes da realização do procedimento, os pacientes passam por uma preparação meticulosa. Uma dieta especial pobre em iodo é adotada, evitando-se produtos como maquiagem, tinturas, esmaltes e outros itens que possam conter iodo. Esse regime alimentar e de cuidados pessoais faz com que o organismo torne-se mais ávido por iodo, otimizando a captação do iodo-131.
Uma vez que o corpo está devidamente preparado, a administração do iodo-131 é feita por via oral, geralmente na forma de um xarope ou cápsula. Assim, as células tireoidianas ou remanescentes da tireoide, que têm uma elevada demanda de iodo, absorvem rapidamente o iodo radioativo. Isso permite que as células-alvo sejam tratadas de forma direcionada, minimizando o impacto em tecidos saudáveis.
Após a ingestão, a hospitalização é necessária, geralmente variando de 24 a 72 horas. Como a iodoterapia é um tratamento que utiliza material radioativo, essa internação assegura que qualquer resíduo da substância seja eliminado do corpo do paciente, evitando a possibilidade de contaminação ambiental ou exposição para outras pessoas e animais. Esse período de isolamento é fundamental para garantir a segurança de todos envolvidos.
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