A iodoterapia, um tratamento comum para algumas condições da tireoide, como o hipertireoidismo e certos tipos de câncer de tireoide, utiliza iodo radioativo (I-131) para destruir células tireoidianas. Este procedimento é geralmente seguro, mas pode apresentar efeitos colaterais que variam dependendo da dose e da sensibilidade individual.
Os efeitos colaterais mais comuns incluem náuseas e inchaço das glândulas salivares, que podem ocorrer temporariamente após a administração do tratamento. Esses sintomas são geralmente leves e passam após alguns dias. Além disso, pode ocorrer um leve inchaço ou dor na região do pescoço onde a tireoide está localizada.
A longo prazo, a iodoterapia pode resultar em hipotireoidismo, uma condição em que a tireoide não produz hormônios suficientes, requerendo tratamento contínuo com hormônio tireoidiano sintético. Este é um efeito colateral esperado e é monitorado e gerenciado por meio de exames de acompanhamento regulares.
Embora raros, efeitos colaterais mais graves, como alterações no paladar, dor de cabeça, fadiga e até alterações na produção de sangue, podem ocorrer. É crucial que os pacientes discutam os potenciais riscos e benefícios com seu médico para uma gestão adequada dos efeitos colaterais e monitoramento da condição tireoidiana.
Para alívio dos efeitos colaterais da iodoterapia, como náuseas e dor de garganta, os pacientes podem tomar medicamentos antieméticos e analgésicos recomendados pelo médico. É importante que esses remédios sejam administrados conforme orientação médica para evitar interações que possam afetar a eficácia da iodoterapia.
A hidratação é essencial para ajudar a eliminar o iodo radioativo do corpo e reduzir o inchaço das glândulas salivares. Beber bastante água diariamente é recomendado. Além disso, chupar balas azedas ou mastigar chiclete pode estimular a salivação e aliviar o desconforto nas glândulas salivares.
Alterações na dieta também podem ser necessárias para lidar com o paladar alterado, outro efeito colateral comum da iodoterapia. Alimentos leves e não muito condimentados são preferíveis para evitar a irritação do trato gastrointestinal. A consulta com um nutricionista pode ajudar na escolha dos melhores alimentos durante esse período.
Em casos de hipotireoidismo pós-tratamento, o ajuste na medicação de reposição hormonal é crucial e deve ser rigorosamente monitorado por exames de sangue regulares. Manter uma comunicação aberta com o endocrinologista permite ajustar o tratamento conforme necessário para manter os níveis hormonais adequados, aliviando sintomas como fadiga e ganho de peso.
Os efeitos colaterais da iodoterapia são geralmente leves e temporários, mas existem situações em que podem indicar complicações mais sérias. É importante que os pacientes estejam atentos a sinais como inchaço persistente e doloroso das glândulas salivares, dor intensa na região do pescoço ou dificuldades significativas para engolir, que podem sugerir uma resposta anormal ao tratamento.
Sintomas como náuseas e vômitos que persistem por mais de alguns dias também não são considerados normais. Se esses sintomas forem acompanhados de desidratação ou incapacidade de manter líquidos no estômago, é crucial buscar atendimento médico. Isso pode indicar uma reação adversa ao iodo radioativo que necessita de intervenção médica.
Outro indicador de que os efeitos colaterais não são normais é a ocorrência de febre alta ou sintomas que se assemelham aos de uma infecção. Tais sinais podem ser um sinal de que o corpo está reagindo de forma excessiva ao tratamento, ou que uma infecção secundária se desenvolveu, necessitando de tratamento imediato.
Qualquer alteração neurológica, como confusão mental, tontura persistente ou alterações na visão, deve ser tratada como uma emergência médica. Esses sintomas podem ser raros, mas são sérios e exigem avaliação imediata para garantir que não sejam complicações graves relacionadas ao tratamento com iodoterapia.
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